A evolução da tecnologia tem transformado os hábitos das pessoas, tornando a praticidade e a rapidez prioridades. Assim como os aplicativos de mensagem e entrega, os bancos digitais estão se tornando cada vez mais populares, revolucionando o setor financeiro.
Apesar disso, muitos ainda têm dúvidas sobre a segurança dessas instituições financeiras online. A principal vantagem dos bancos digitais é a ausência de tarifas, diferentemente dos grandes bancos tradicionais, além da facilidade na abertura de conta e na aprovação de cartões de crédito, entre outros benefícios.
Para saber se esses serviços são confiáveis e aprender a se proteger, é importante entender mais sobre esse tipo de serviço e conhecer estratégias de segurança.
Banco digital é seguro?
De acordo com um estudo, cerca de 43% dos brasileiros possuem uma conta digital, e o mercado de bancos digitais está crescendo rapidamente no país, com projeções de alcançar 57% da população até 2027.
A popularidade das contas digitais se deve à ausência de tarifas, facilidade de acesso a serviços financeiros e oportunidades de investimento com maior rendimento, entre outras vantagens. No entanto, a preocupação com a segurança é comum entre os usuários.
No Brasil, os bancos digitais são regulamentados pelo Banco Central, assim como os bancos tradicionais, garantindo que sigam padrões de segurança e sejam regularmente supervisionados pela instituição federal.
Isso significa que tanto os bancos digitais quanto os tradicionais devem adotar medidas robustas de segurança para proteger os clientes, já que ambos operam por meio de sites e aplicativos de smartphone.
A seguir, será explorado como os bancos digitais podem fortalecer ainda mais a segurança de seus serviços.
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Quais são as principais tecnologias empregadas pelos bancos digitais para garantir a segurança?
Os bancos digitais priorizam investimentos significativos em tecnologia para garantir a segurança digital de seus clientes.
É obrigatório para todos os bancos, tanto digitais quanto tradicionais, proteger os dados de seus clientes de acordo com as diretrizes estabelecidas pela Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).
Para assegurar essa proteção, os bancos digitais empregam diversas tecnologias, como autenticação biométrica, reconhecimento facial, verificação de identidade por meio de documentos e selfies, uso de tokens, notificações em tempo real para transações realizadas, cartões virtuais, criptografia e autenticação de dois fatores.
Criptografia
A criptografia é uma técnica utilizada para resguardar informações confidenciais e sensíveis, como documentos, dados pessoais e comunicações, contra acessos não autorizados.
No passado, a criptografia consistia principalmente no uso de códigos para ocultar mensagens. Na era digital, essa prática evoluiu para o emprego de algoritmos matemáticos complexos, que são aplicados para proteger as informações. Empresas, incluindo bancos digitais, empregam sistemas de criptografia em seus aplicativos e sites para garantir a segurança dos dados de seus clientes.
Tokens
Os tokens, amplamente adotados por bancos, são senhas temporárias que operam como uma camada adicional de autenticação, conhecida como autenticação de dois fatores. Normalmente, você precisa estar conectado ao sistema usando uma senha, o que já representa uma medida de segurança. No entanto, para completar uma transação ou atividade específica, também é necessário utilizar o token.
Após verificar sua identidade, o sistema gera e envia um código temporário que deve ser inserido para autorizar a operação. Esse método dificulta significativamente o acesso não autorizado e previne fraudes.
Biometria e reconhecimento facial
Essas tecnologias também operam como uma autenticação de dois fatores e são mais avançadas do que as senhas convencionais, compostas por números, letras e outros caracteres. Isso se deve ao fato de exigirem a presença física do proprietário do dispositivo para serem desbloqueadas.
Por exemplo, para validar a biometria, é necessário utilizar a sua impressão digital, enquanto o reconhecimento facial requer que você esteja fisicamente presente para validar sua identidade. Essas medidas de segurança são consideradas extremamente difíceis de serem fraudadas, razão pela qual são amplamente adotadas pelos bancos digitais para acessar seus aplicativos.
Cartão Virtual
O cartão virtual é destinado a ser utilizado em compras online, pagamentos por aproximação via celular em carteiras digitais, assinaturas de serviços de streaming, entre outros usos. Esse recurso é fortemente promovido pelos bancos digitais devido à sua conveniência em casos de compras suspeitas, facilitando o processo de bloqueio e emissão de um novo cartão.
Se houver uma transação suspeita, é muito mais simples gerar um novo cartão virtual do que aguardar a entrega e ativação de um novo cartão físico. Dessa forma, é aconselhável reservar o uso do cartão físico apenas para compras presenciais realizadas em terminais de pagamento.
Fundo Garantidor de Crédito (FGC)
Uma dúvida comum entre as pessoas é se é seguro guardar dinheiro em bancos digitais. A resposta é: isso depende!
Antes de abrir uma conta em qualquer banco, digital ou não, é importante verificar se a instituição é afiliada ao Fundo Garantidor de Crédito (FGC). Este fundo, supervisionado pelo Banco Central, protege os depositantes em caso de falência do banco, garantindo o reembolso de até R$ 250 mil por CPF.
É essencial ressaltar que nem todas as instituições financeiras são protegidas por esse fundo, então é fundamental estar atento a esse detalhe. Você pode verificar essa informação no site oficial do FGC.
10 Dicas de segurança para a conta digital
Embora os bancos digitais sejam seguros e implementem diversas medidas para proteger os dados e os fundos de seus clientes, é crucial que o cliente assuma sua responsabilidade nesse aspecto.
Considerando que os bancos digitais operam por meio de smartphones, é essencial que os clientes ativem todas as opções de segurança disponíveis e estejam atentos a possíveis ameaças, como roubo, golpes, fraudes e vazamento de dados.
Aqui estão algumas orientações práticas para que os clientes desempenhem seu papel e garantam a segurança de suas contas digitais:
- Limite seus investimentos em um único banco a não mais que R$ 250 mil, pois este é o valor garantido pelo FGC em caso de falência da instituição financeira.
- Utilize senhas robustas e altere-as regularmente para dificultar o acesso não autorizado ao aplicativo e a realização de transações.
- Evite anotar suas senhas em dispositivos móveis ou computadores, e não compartilhe essas informações com terceiros.
- Monitore regularmente seu extrato bancário e fatura do cartão de crédito, reportando imediatamente ao banco qualquer transação suspeita.
- Para compras online, prefira utilizar cartões virtuais em sites ou aplicativos.
- Considere desabilitar o pagamento por aproximação em seu cartão físico.
- Ative a proteção de acesso ao aplicativo, exigindo senha, reconhecimento facial ou biometria para abrir.
- Reduza seu limite de cartão de crédito e transações via Pix.
- Desconfie de mensagens, e-mails ou ligações solicitando informações bancárias ou dados pessoais.
- Evite clicar em links suspeitos e sempre acesse o site ou aplicativo oficial do banco.